Fabrizzio Facundo

A ultima peça do quebra-cabeça há alguns anos percebi que foi perdida do restante. Em alguma brincadeira infantil e ate hoje não consegui encontrá-la. A questão é que hoje ela está fazendo falta realmente. Tentei encobrir o vazio deixado por ela com outra de um joguinho semelhante, porém o encaixe não deu certo. Ficou parecido, igual não. Dessa forma o que era pra ser em coberto ficou mais claro que a peça foi extraviada por algum lugar que nem passa pela minha mente. Se ela ainda existe não sei. Anos a fim e sempre algo deixando a desejar. Pensamentos formulados tão rapidamente que saem pela boca de um jeito devastador e que nem ao menos parei antes para pensar se deviam ou não ser proferidos, terminando em um aborrecimento de pessoas que expressam carinho e amor. Gestos que fazem outros se incomodem em estar por perto se sentindo abordados pela presença daquele que para muitos não passa de qualquer, que não faz a diferença de estar fazendo parte ou não da turma, ao ponto de passar por eles e ser despercebido ou ate mesmo percebido e em um ato indiferente baixam a cabeça e assim passam adiante sem que ao menos possa ter a ação de um: Oi, como vai!
É, acredito que essa peça é a fundamental, pois ela termina encaixando tudo perfeitamente. A sua ausência traz calamidade a existência, a expressão do ser. Como um caça aventuras saiu agora à procura dessa pequenina fujona. Ele é importante demais para se deixar a mercê do encontro por acaso. Ela já está bem ao alcance o que falta é saber a forma exata dela. Dicas e mapas já me foram entregues posso até correr o risco de dizer que ela está a minha frente só a espera de abaixar-me e catá-la. O que acontece agora é a espera do ato ser feito e aí sim colocá-la em seu lugar de direito. O meu eu adormecido. Acorda! é hora de levantar pra vida e assim deixar tudo isso de infantilidade e imaturidade para trás. É hora de erguer e ser quem realmente tenho que ser. Aquele que dá orgulho aos amigos, aquele que dá orgulho aos pais, aquele que dá orgulho até a um desconhecido e o faz se sentir próximo de um amigo. Ser o que devo ser. Um ser humano conhecedor de seus defeitos e praticante da boa índole.
1 Response
  1. kally Says:

    Tudo bem Articulado...Gostei muito !


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